A praça da minha
infância
O lugar escolhido por mim para
realizar essa atividade é o terreno em frente a minha casa. Um espaço grande e
que sofreu inúmeras modificações durante todos esses anos, e que,
provavelmente, ainda passará por várias mudanças.
Recordo-me de que, assim que me
mudei para esse bairro onde moro atualmente, nesse espaço havia apenas a escola
onde cursei meu ensino fundamental na parte de baixo e o restante todo era
coberto por mato.
Com o passar do tempo, foram
surgindo mais algumas crianças na vizinhança e o espaço que antes tinha somente
mato e entulho doméstico se tornou um campo de futebol, local para empinar
pipa, andar de bicicleta ( foi nele que aprendi, á muito custo, andar de
bicicleta), jogar taco, entre tantas outras brincadeiras que só foram possíveis
graças a união dos vizinhos, adultos e crianças, que tiraram um tempo para
capinar e limpar todo o terreno.
O espaço continua muito grande e
com quase as mesmas funções, visto que as crianças ainda utilizam-no como praça
de lazer.
No entanto, hoje ele é bem mais
aproveitado por todas as faixas etárias. A escola continua funcionando no mesmo
local de antes, porém, o seu entorno é cercado por um muro de concreto, e não
por cerca de arame como acontecia na minha infância.
Há também uma igreja católica,
que, me fez recordar o período de sua construção, quando os caminhões colocam
os montes de areia que seriam usados para construir a igreja, e que, devido ao
tempo, endureciam, e formavam excelentes pistas para escorregarmos sentados em
garrafas pet.
A comunidade, através de bingos,
leilões e das festas realizadas no mês de novembro, período de homenagem ao
santo padroeiro, conseguiu fazer o calçamento e construção de estacionamento
para a parte que cerca a igreja, mudando assim, o visual de parte da praça.
Em um outro lado, a prefeitura da
cidade instalou uma academia ao ar livre, que é utilizada por pessoas de todas
as idades, sejam de crianças brincando, ou jovens, adultos e pessoas da
terceira idade praticando exercícios físicos.
E por fim, o que mais chama a
atenção na praça é um pé de árvore ( aroeirinha), plantada e cuidado pelo meu
saudoso pai, e utilizado por ele e por seus amigos e vizinhos para os bate-papo
dos fins de tarde. A lembrança dele sentado e rodeado de amigos é muito
significativa para mim, assim como as minhas brincadeiras e quedas de bicicleta
na infância.
Essa mesma árvore também fornece
sombra para as mães e crianças na entrada e saída dos alunos da escola.
Sem dúvida alguma, esse é um
local com o qual tenho uma afetividade muito grande, pois, boa parte da minha
vida foi marcada por momentos vividos nele.
Infelizmente, não encontrei
nenhuma foto antiga para ilustrar tudo o que relatei, afinal, naquela época, os
recursos financeiros eram poucos e, raras as pessoas que possuíam câmeras
fotográficas. De toda forma, segue abaixo, fotos atuais tiradas por mim, das
mudanças ocorridas na praça em que cresci.
( Árvore plantada pelo meu pai-Pé de aroeirinha)( Academia ao ar livre)
( Vista frontal da Igreja São Judas Tadeu)
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