domingo, 30 de abril de 2017

Memórias afetivas de um ambiente/paisagem



A praça da minha infância
O lugar escolhido por mim para realizar essa atividade é o terreno em frente a minha casa. Um espaço grande e que sofreu inúmeras modificações durante todos esses anos, e que, provavelmente, ainda passará por várias mudanças.
Recordo-me de que, assim que me mudei para esse bairro onde moro atualmente, nesse espaço havia apenas a escola onde cursei meu ensino fundamental na parte de baixo e o restante todo era coberto por mato.
Com o passar do tempo, foram surgindo mais algumas crianças na vizinhança e o espaço que antes tinha somente mato e entulho doméstico se tornou um campo de futebol, local para empinar pipa, andar de bicicleta ( foi nele que aprendi, á muito custo, andar de bicicleta), jogar taco, entre tantas outras brincadeiras que só foram possíveis graças a união dos vizinhos, adultos e crianças, que tiraram um tempo para capinar e limpar todo o terreno.
O espaço continua muito grande e com quase as mesmas funções, visto que as crianças ainda utilizam-no como praça de lazer.
No entanto, hoje ele é bem mais aproveitado por todas as faixas etárias. A escola continua funcionando no mesmo local de antes, porém, o seu entorno é cercado por um muro de concreto, e não por cerca de arame como acontecia na minha infância.
Há também uma igreja católica, que, me fez recordar o período de sua construção, quando os caminhões colocam os montes de areia que seriam usados para construir a igreja, e que, devido ao tempo, endureciam, e formavam excelentes pistas para escorregarmos sentados em garrafas pet.
A comunidade, através de bingos, leilões e das festas realizadas no mês de novembro, período de homenagem ao santo padroeiro, conseguiu fazer o calçamento e construção de estacionamento para a parte que cerca a igreja, mudando assim, o visual de parte da praça.
Em um outro lado, a prefeitura da cidade instalou uma academia ao ar livre, que é utilizada por pessoas de todas as idades, sejam de crianças brincando, ou jovens, adultos e pessoas da terceira idade praticando exercícios físicos.
E por fim, o que mais chama a atenção na praça é um pé de árvore ( aroeirinha), plantada e cuidado pelo meu saudoso pai, e utilizado por ele e por seus amigos e vizinhos para os bate-papo dos fins de tarde. A lembrança dele sentado e rodeado de amigos é muito significativa para mim, assim como as minhas brincadeiras e quedas de bicicleta na infância.
Essa mesma árvore também fornece sombra para as mães e crianças na entrada e saída dos alunos da escola.
Sem dúvida alguma, esse é um local com o qual tenho uma afetividade muito grande, pois, boa parte da minha vida foi marcada por momentos vividos nele.
Infelizmente, não encontrei nenhuma foto antiga para ilustrar tudo o que relatei, afinal, naquela época, os recursos financeiros eram poucos e, raras as pessoas que possuíam câmeras fotográficas. De toda forma, segue abaixo, fotos atuais tiradas por mim, das mudanças ocorridas na praça em que cresci.
 ( Árvore plantada pelo meu pai-Pé de aroeirinha)


 ( Academia ao ar livre)


( Vista frontal da Igreja São Judas Tadeu)



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